segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Seja estrelado, cozido, escalfado, mexido, omolete ou mesmo cru

Hoje na minha hora de almoço chegaram-se ao pé de mim e disseram:
- Oh nobre Casimiro, você sois tão sábio, esclarecei-me por favor, com a sua gentil arte de ensinar o porque dos ovos pintados na época festiva e ao mesmo tempo triste e cheio de amargura da Pascoa!

A qual eu respondo:
- Fodasse man, tu também falas assim com a tua mulher em casa?

Antes de sair qualquer som das cordas vocais dele, antecipei-me:
- Caga nisso! É melhor eu não saber.

Comecei a explicar então a razão dos ovos coloridos na pascoa. Que por acaso nem é costume fazer-se isso em Portugal mas posso vos garantir que na Alemanha é um fenómeno do carracas.
- Pá, isso já vem antes de Cristo!

Chocado e pálido gritou:
- Ultraje! Blasfémia!

Tentei acalma-lo:
- À sério. Está provado...

Voltando a gritar:
- Vade reto Satanás (frase usada em exorcismos por São Bento de Núrsia.)

Já passado, disse-lhe:
- Man, não querias saber?

E ele:
- Queria, mas...

Eu:
Mas o caralho. Se não gostas das respostas não perguntes, seu ignorante de merda. Os ovos eram para muitos povos um símbolo da fertilidade e da sexualidade. Os ovos eram pintados no equinócio como um culto à Deusa-Mãe.

Já quase a vomitar, ele disse:
- Mentira...

A qual eu respondo:
Fodei-vos seu mártir!

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