domingo, 24 de outubro de 2010

Botelhar I

Este é o primeiro pensamento sobre o botelhar. Quero começar por desacreditar a ideia que o botelher é um fenomeno recente.

O botelhar começa quando o primeiro homem sai para a rua com uma garrafa, e decide bebê-la. Mas nem todo o homem que sai para a rua com uma garrafa para bebe-la está a botelhar. Atenção. Então como é que se sabe quando alguém está a botelhar. Não sei dizer. Mas espero um dia chegar lá. Se não dizer ao menos saber.

Não é porque é mais barato, nem porque se está com muita cede. Nem para tentar ser diferente e reenvendidar um lugar à parte dos demais. Não tem qualquer finalidade, é algo natural. Acontece.

É dificil perceber o quanto está escondido no gesto de botelhar. Mas por agora fico satisfeito por dizer que eu estou a botelhar quando saiu, compro uma garrafa e bebo.

Onde compro a garrafa, onde bebo a garrafa, quando bebo a garrafa, com quem bebo a garrafa, como bebo a garrafa, copo, pelo gargalo, quantas garrafas. São pormenores que definem o meu botelhar, e que com tempo, deles vou falar.

Porquê botelhar, também é uma questão que requere toda uma vida de meditação.

Por agora fiquemos assim. Como conclusão podemos dezir que botelhar é sair à rua, e beber por uma garrafa. Qual garrafa, qual é a capacidade da garrafa em litros, o que é que contém a garrafa. Calma. Um dia, um dia.

Há regras, não impostas mas vitais para botelhar. Eu acredito que no botelhar está a resposta à crise nacional.



pmp

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