sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

E uma vontade de rir.

Bem já voltei, hoje foi puxadote aquilo. Bem antes de mais vou revelar o vencedor do prémio do concurso: "que música é esta?",o vencedor foi o número 11198392, o número é atribuido à pessoa consoante o lugar que ocupa na lista de participantes, ou seja esta foi a 11198392 pessoa a tentar a sua sorte. E acabou de ganhar uma visita guiada às instalações do "Palmica-me". Houve uma participante desqualificada porque pensou que o palpite era para ser feito para a caixa dos comentários. Mas não.

Cada pessoa tem a sua própria linguagem. Mesmo entre indivíduos que falam o mesmo idioma, há por vezes dificuldades de entendimento. Porquê? Não sei. Mas tenho uma teoria. Porque cada pessoa tem a sua vida. Cada qual vive as suas coisas, que nunca são iguais às do outro, e como para cada coisa à um nome distinto, cada pessoa tem um nome diferente para cada coisa. Por vezes (muitas das vezes) estes nomes coicidem com os da outra pessoa, é quando costumamos dizer "agora estamos a falar do mesmo". Mas há vezes que não, e é quando o caos se instala.

Isto é evidente quando nos lançamos numa aventura, que por ser aventura é-nos completamente desconhecida, e por ser desconhecida a sua natureza, é tambem desconhecida a sua linguagem.

Foi o que me aconteceu hoje na Vela. Porque é que as pessoas insistem que os outros devem saber o que elas estão a falar. Podemos não saber. Podemos não estar familiarizados com o termo ou expressão. Hoje estava no barco, com mais 7 pessoas que percebiam tanto de Vela como eu... zero. E aquilo estava na àgua, parado a boiar graças a deus, e foi então que eu pensei: "como é que se faz para isto andar?". Porque aquilo não tem motor nem remos. E então perguntei, e todos me responderam que não sabiam com um grande silêncio. Mas não fazia mal, não estivesse o barco a deslocar-se para um monte de pedras, devido à ondulação, que provavelmente iam estragar o barco ao homem.

E é então que a professora começa a gritar, no seu barco a motor, um conjunto de nomes que podiam muito bem servir para descrever acontecimentos cósmicos ou insectos raros na babilónia. Eu é que não sabia o que aquilo queria dizer. O problema desta situação (de certeza que já vos aconteceu) é que apesar de não se saber o que quer dizer, sabemos que a pessoa que nos está a dirigir aquelas palavras em forma de código, espera uma acção muito específica de nós. E à medida que o tempo avança, esta acção parece ganhar relavância, ao ponto de sermos obrigados a fazer qualquer coisa, o que quer que seja porque começamos a temer pela nossa vida, e neste caso a do barco.

E então, normalmente, começamos a fazer merda. E a situação que já era má, fica bem pior. E o barco fica com uma pintura nova. Mas que culpa tenho eu de não saber içar o patilhão, ou caçar o não sei quê, ou o que é uma cavilha, não sou o Vasco da Gama.

Enfim vidas. Mas sempre que subo para o barco, e aquilo começa a abanar, percebo que o Gonçalves Zarco, Diogo Cão, Vasco da Gama, deviam ser homens do caralho. Eles sim eram homens capazes, agora assim de repente um que não o é apesar de dar ares de ser o verdadeiro homem do leme... hã... ah Luis Miguel Cunha. Quem é o Luis Miguel? É um senhor que sobe para um barco, anda um bocado em cima do barco em pé como quem diz: "estão a ver o meu à vontade aqui, já tenho muitos anos disto pá!". E a primeira decisão que toma, pumba, merda. E é assim no barco, na sala, em casa, na cama. Mas sempre com grande estilo. Tirando isto é um pessoa espectacular é muito bem disposta, até porque ele pode ler isto sem querer e pode associar as iniciais pmp ao meu nome na pauta da sua cadeira, e era chato.

Agora já escrevi demais, já vou chegar atrasado aos copos, mas ainda falta a música. Que é o "O homem do leme". Porquê uma vontade de rir? Porque eu acho que ficava muito melhor, e porque é a unica maneira de alguém se rir a ler isto, é ter uma vontade de rir a nascer no fundo do ser. E agora sem mais demoras, porque tenho pessoas à espera... Xutos e Pontapé...



pmp

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