Portugueses pelo mundo

Sim é o título daquele programa que dá à noite, a horas decentes, na rtp1. Gosto muito. E ontem deu um que era na Noruega. Para quem nunca viu, aquilo é uma equipa de reportagem, que estabelece contacto com portugueses que estão a viver noutros paises, e depois, se eles aceitarem, vão ter com eles, com as câmeras e tudo, fazer uma reportagem sobre como vai a vidinha por aqueles lados.

E ontem deu um em Oslo, na Noruega. Acho eu, espero que pelo menos Oslo seja na Noruega. Porque eu sei que era na Noruega, agora se foi em Oslo... mas acho que foi. Se não foi, e se Oslo nem sequer fica na Noruega, olha Casimiro vai ser mais um processo. O que na verdade é o dia a dia deste blog. Há muita inveja sabem. Todos os meses são mais de 100 mil euros que temos de pagar a pessoas que poem processos nisto... true story.

E ontem deu um em Oslo. Epa era capaz de morar lá. No brasil não. Deu um sobre o Brasil, Rio de Janeiro. Mas não. Eles disseram que aquilo é muito bom e barato. E que nem sequer existe favelas, são comunidades. E que, sim há problemas há, mas são todos lá em baixo. Foi o que eles disseram. O reporter: "então e conflitos entre as favelas?" e ele, que mora lá: "não! São comunidades. Sim há mas é lá em baixo". Pronto.

Mas eu não ia para lá morar. Aqueles gajos, basta... e isto é verdade que eu já vi. Basta alguém começar a bater num tambor, até pode ser um jambé, assim, até sem ritmo nenhum... pronto, festa do caralho. Começam a dançar e a beber "oi irmão, deixa eu bébe mai uma cachacha viu". É chato. A sambar e o camandro.

Já em Oslo, na Noruega, não é assim. Primeiro não há vandalos... ok deve haver, mas são menos e menos maus com certeza. Depois, se pensares em fazer um risquinho numa parede, levas uma multa que ficas em divida para o resto da vida. Imagina se começares a sambar e a gritar no meio da rua às 2 da matina. És logo preso. Pronto e isso é bom. Não há aqueles excessos de felicidade desnecessários.

E é tudo calmo. O frio é só na rua. Porque não é como cá. Lá até o talho está com um sistema de aquecimento que... olha... que até a carna já está grelhada quando se compra... eheh! Está boa. Bom. Agora, aquilo é porreiro. Ninguém se mete com ninguém, ninguém mexe naquilo que não lhe pertence.

Há lá florestas, e quem quiser passar a noite numa, está à vontade porque há la cabanas, que as pessoas montam para o uso de qualquer pessoa. A única regra é que o que consumirem têm de repor. Imaginem se fosse cá. Passado 2 dias, nem tanto, tinha ido tudo com o caralho. Já não havia cabana nem frigideira nem lonas nem nada.

Só há um senão. É a cerveja. Há casas específicas para vender bebidas alcoolicas. Mas pronto tudo bem. Isso por mim não há problema. Mas a cerveja, para alem dos bares, só é vendida nos supermercados, e só se vende até às 16h. 16H! Quer dizer, se eu trabalhar, esquece. Não tenho tempo de abastecer o meu frigorifico com cerveja. Se estiver de folga, só acordo a essa hora não é. Então temos um problema.

Mas pronto, tinha de fazer uma directa para ir comprar. E comprava logo 5000 euros em cerveja. Para só ter de voltar ao super mercado para comprar cerveja na semana seguinte.

E depois vinha para Portugal com um ordenado de lá. Até podia ser um ordenado de trolha. Era marisco com fartura!

Era porreiro. E as mulheres! Mas pronto. Qualquer dia vou lá, caso-me e vou pra lá. Ou vice-versa. E agora, temos como convidado do dia, o nosso querido Camané, que aceitou vir cá cantar 1 musiquinha para os nossos leitores... Camané! estás... estás? posso?... então senhores e senhores... Camané!... o quê?... queres que eu acompanhe à viola?... epa, está bem... hã? pois pois... quem melhor do que eu não é o que estás a dizer... sim tens razão. Então vamos a isso!



pmp